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Resenha do álbum Cosmopaulista no jornal Nettavisen e blog Tor de Jazz (Noruega)

Resenha por Tor Hammerø


Não vou me gabar do meu profundo conhecimento a respeito do baterista, compositor e bandleader Mario Gaiotto. Assim como seus co-conspiradores, o pianista Daniel Grajew e o baixista Sidiel Vieira, Gaiotto é um conhecido completamente novo, mas muito agradável.


Claro, não é uma grande surpresa que existam no Brasil vários músicos de destaque que nós - leia-se eu - nunca ouvimos falar antes. Isso vale também para a grande cidade de São Paulo, com seus bem mais de 19 milhões de habitantes, incluindo subúrbios - é um caldeirão em todos os sentidos, inclusive musicalmente.


Gaiotto e seus seguidores moram e trabalham lá, e presumo que Gaiotto teve alguns para escolher. Com base nesta excursão do trio, ele fez a escolha certa.


"Cosmopaulista" é uma construção linguística que remete ao que é a cidade cosmopolita de São Paulo. Através das dez canções, Gaiotto se inspira em várias "direções" e estilos musicais encontrados na cidade e em outros lugares do Brasil, mas também deseja incorporar impulsos de judeus, árabes, turcos, japoneses, armênios, marroquinos, europeus e americanos, que também podem ser encontrados em São Paulo.


De um jeito feroz, temperamental, swingando pesado, com muito bom gosto, esses três cavalheiros muito avançados contam em que nível alto eles estão, tanto individualmente quanto coletivamente.


Quero ir para São Paulo o mais rápido possível. Até que isso possa ser feito, "Cosmopaulista" é um substituto muito bom que aquecerá nas noites frias de outono e inverno.



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